Notícias

Uma onda chamada Tsunami

           O mundo se calou e assistiu estupefato à tragédia que matou milhares de pessoas na Ásia, causada por um tsunami.
           Tsunami é uma palavra japonesa que quer dizer algo como “onda gigante”, ou “onda de maré”, que é provocada por terremotos (ou sismos) ocorridos no fundo dos oceanos ou mesmo perto da costa. Erupções também podem provocar este fenômeno.

          Vejamos como isso acontece:

          Tsunami é uma onda gigantesca provocada pelo deslocamento de uma grande massa de água, que se move a várias centenas de quilômetros por hora. Esse deslocamento de água é provocado por sismos subaquáticos.
 
          Mas nem todos os terremotos que apresentam seu epicentro no mar originam essas ondas gigantes. Por exemplo, se o sismo for provocado devido ao deslizamento das placas tectônicas, (isto é, através de um movimento lateral), não haverá movimentação da massa de água e, conseqüentemente, não haverá tsunami. É com a ruptura da placa que se gera o movimento que fatalmente originará um tsunami, e isso acontece quando há um movimento vertical das placas. Foi o que aconteceu na Ásia, nesse final de ano: o epicentro do sismo foi localizado a 40 Km de profundidade, na costa oeste da ilha de Sumatra, a 1.620 Km da capital da Indonésia, Jacarta, numa zona com uma falha tectônica já conhecida, responsável por vários abalos todos os anos. Veja no mapa!
 
Local atingido pelo tsunami
         A placa australiana está sendo empurrada para baixo da placa eurasiana. Esse movimento, que chamamos de subducção, acaba por liberar energia e romper a placa que está embaixo, provocando o deslocamento da massa de água que se encontra acima de tal fenômeno. Por fim, para que aconteça efetivamente um tsunami, o epicentro do sismo tem de ocorrer perto da superfície (nesse caso, 40 Km de profundidade é considerada uma distância próxima à superfície), já que a fratura que é provocada tem de entrar em contato com a água.

        O sismo ainda precisa ser bastante forte para que a onda criada seja detectada pelas pessoas – sismos de fraca intensidade podem provocar pequenas alterações na superfície da água, detectadas apenas por aparelhos específicos. No caso do terremoto que provocou o tsunami da Ásia, a intensidade foi de 9,0 pontos na escala Richter.

        O que aconteceu (e ainda está acontecendo) àquelas pessoas que estavam por ali quando veio o tsunami foi realmente muito, muito triste. Muito tem se dito que contra tais desastres naturais o homem nada pode, só nos restando lamentar o fato.

       Mas é muito importante destacar que o tamanho do desastre poderia sim ter sido evitado, e que o homem dispõe de técnica e tecnologia para minimizar estragos como esse.

       Os tsunamis podem ser detectados com certa antecedência, ao contrário do que foi dito por alguns na mídia. Alguns países desenvolveram mesmo mecanismos de alarme, como é o caso do Japão. Se depois de um forte abalo, detectáveis pelos sismógrafos, existirem condições para a ocorrência de uma onda gigante, é calculado o risco e alertada a população. Dependendo da velocidade da onda e da distância a que está da costa, pode haver tempo suficiente para evacuar as pessoas.

      No caso de certas zonas da Índia e do Sri Lanka, é sabido que muitas vidas teriam sido poupadas se a região tivesse um plano de emergência organizado para responder de forma imediata ao tsunami. O Centro de Detecção de Tsunamis, localizado no Havaí, emitiu avisos de alerta, algum tempo antes das enormes ondas atingirem a costa. Com efeito, técnicos da U.S. Geological Survey, órgão de Vigilância Geológica dos Estados Unidos, dizem que tentaram avisar sobre os tsunamis, mas não conseguiram dar o alerta a tempo porque os países atingidos não possuíam centros de detecção de sismos. Isso soa até absurdo, pois tais países estão localizados no chamado círculo de fogo, onde possuir centros de detecção de terremotos e tsunamis é fundamental, não é mesmo?

    O fato de ali não existirem tais centros é uma outra discussão, mas já se vê que a dimensão da tragédia foi mais fruto de decisões políticas e desigualdades econômicas do que “maldade” da natureza...

Fonte: http://clickeaprenda.uol.com.br,com adaptações.

Nenhum comentário:

Postar um comentário